terça-feira, 11 de outubro de 2016

A verdade é que já fui longe demais...

Em junho de 2016; depois de ter caído no fundo do poço (falei disso no post: sim, é permitido), ocasião em que fui obrigada a desconstruir-me por completo; abri o meu coração para ver a vida sob outra ótica.


Desde quando decidi engravidar passei a condicionar, sem perceber, a minha paz ao sonho de gerar um filho, ou seja, a um evento futuro e com isso passei a anular a minha existência. Já não percebia as várias possibilidades de felicidade e de tranquilidade que a vida  me oferecia diariamente e com isso um vazio começou a surgir. No entanto, graças a Deus, com a minha desconstrução o meu campo de visão expandiu e consequentemente me tirei do centro da dor, foi quando percebi que o que realmente importava não era o que estava acontecendo na minha vida e sim a forma como eu estava reagindo.
Decidi que não quero no futuro olhar para atrás e perceber que dei muito mais valor as dores que tive do que as alegrias ou perceber que estava tão focada em mim que acabei esquecendo de curtir as situações e as pessoas maravilhosas que estavam ao meu redor.

Óbvio que ainda não ter engravidado dói, mas isso não significa que sou a mais injustiçada do mundo ou que não tenha outros motivos para alegrar-me. Sou tão abençoada por Deus em tantas outras coisas que definitivamente não tenho porque ter dó de mim. Além disso, compreendi que todo ser humano passa pelas suas batalhas, não sou a única, faz parte da vida. 

Diante desse contexto, todos os dias me pergunto: o que tenho para hoje? E com o que tenho busco seguir meu caminho da melhor maneira, viver o meu dia da forma mais serena e feliz possível. Parei de condicionar minha alegria e equilíbrio em acontecimentos futuros e com isso a paz que andava tão sumida voltou a surgir. E desde então sinto-me mais livre para viver.



Claro,que às vezes fico triste,desanimada ou com raiva, mas hoje não dou tanto poder aos pensamentos negativos, não os deixo ganhar forças, sempre tento neutralizá-los de algum modo. Permito-me ficar triste e chorar, mas não me permito ficar presa a esse sentimento por muito tempo...



Como tenho muita vontade de ter pelo menos 2 filhos, sendo um gerado e outro adotado, decidi que farei o que for possível (de maneira consciente) para tentar alcançar esse sonho. Em janeiro, com a graça de Deus, farei mais uma fiv, mas hoje não deixo que esse seja meu único caminho. Inclusive, comecei a amadurecer a ideia de iniciar os procedimentos para entrar na fila de adoção, resolvi ficar aberta a outras possibilidades.

Enquanto isso eu e meu maridão decidimos fazer uma viagem de uma semana para oxigenarmos nossa  vida. Demo-nos  a permissão para ser feliz agora, sem condições ou termos.

Na vida já passei por muitos "poréns" (este não é o primeiro e provavelmente não será o último) e mesmo assim sempre mantive-me otimista e corajosa, então, não vai ser agora que me entregarei.

A verdade é que já fui longe demais...

...para desistir de quem eu sou.


E-mail: fivamadurecimentodaalma@gmail.com